CONHECENDO GAMES RETRO

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

ESTOICISMO: PARTE 1 - CAPITULO 3

Estoicismo Romano



Os mais importantes dos Estóicos Romanos - e dos Estóicos de quem, acredito eu, indivíduos modernos tem mais a aprender - foram Sêneca, Musônio Rufo, Epiteto, e Marco Aurélio. As contribuições que estes quatro fizeram ao Estoicismo Romano são bastante complementares. Sêneca foi o melhor escritor deste grupo, e seus ensaios e cartas para Lucílio formam uma introdução bem acessível ao Estoicismo Romano. Musônio é notável por seu pragmatismo: Ele ofereceu conselhos detalhados sobre como praticantes do Estoicismo deveriam comer, o que deveriam vestir, como se comportar em relação a seus parentes, e até mesmo como deveriam conduzir suas vidas sexuais. A especialidade de Epiteto foi a análise: Ele explicou, entre outras coisas, por quais motivos a prática do Estoicismo pode nos trazer a tranquilidade.


Finalmente, nas Meditações de Marco Aurélio, escritas como uma espécie de diário, entramos na privacidade de um Estóico praticante: Assistimos suas procuras por soluções Estóicas para os problemas da vida diária assim como para os problemas que ele encontrou como imperador de Roma.


Lúcio Aneu Sêneca, também conhecido como Sêneca o Jovem, nasceu em algum momento entre 4 - 1Ac. em Córdova na Espanha.

Apesar de termos mais de seus escritos filosóficos do do que temos de qualquer outro Estóico, ele não era o mais prolífico deles. (Crisipo foi marcantemente prolífico, mas suas obras não sobreviveram.) Ele também não era o mais original. Mesmo assim seus escritos Estóicos foram bem impressionantes. Seus ensaios e cartas são cheios de observações sobre a condição humana. Nestes escritos, Sêneca fala a respeito das coisas que tipicamente fazem as pessoas perderem a alegria - como o luto, a raiva, a velhice, e ansiedades sociais - e sobre o que podemos fazer para tornar nossa vida não apenas tolerável mas alegre.

sábado, 14 de abril de 2018

ESTOICISMO: PARTE 1 - CAPÍTULO 2

Os Primeiros Estóicos

HUMM...


Zenão (333 - 261ac) foi o primeiro estóico. (E por Zenão, estou querendo dizer Zenão de Cítio, que não deve ser confundido com Zenão de Eleia, que é famoso por um paradoxo envolvendo Aquiles e uma tartaruga, ou qualquer outros dos sete outros Zenões mencionados por Diógenes Laércio em suas anotações biográficas.) O pai de Zenão foi um mercador de tíria púrpura e costumava chegar em casa de suas viagens com livros para Zenão ler. Entre eles existiam livros de filosofia comprados em Atenas. Estes livros aguçaram o interesse de Zenão tanto em relação a filosofia quanto a Atenas.


Como resultado de um naufrágio, Zenão se encontrou em Atenas, e enquanto lá, ele decidiu tirar vantagem dos recursos filosóficos que a cidade tinha a oferecer. Ele foi até a loja de um vendedor de livros e perguntou onde homens como Sócrates poderiam ser encontrados.


Naquele momento, Crates o Cínico estava passando pelo local. O vendedor de livros apontou pra ele e disse, “Siga aquele homem.” E assim foi, como nos é contado, que Zenão se tornou pupilo de Crates. Relembrando este momento de sua vida, Zenão comentou, “Eu fiz uma próspera viagem quando sofri um naufrágio.”


Os Cínicos tinham pouco interesse em teoria filosófica. Ao invés disso eles advogavam um estilo de vida bastante extremo.

sábado, 31 de março de 2018

ESTOICISMO: PARTE 1 - CAPÍTULO 1

A Ascensão do Estoicismo
A Filosofia Toma um Interesse pela Vida


Provavelmente sempre existiram filósofos, em algum sentido da palavra. Eles foram aqueles indivíduos que não apenas levantaram perguntas - como De onde o mundo surgiu? De onde as pessoas vieram? e Porque existem os Arco Íris? - mas mais importante, continuaram fazendo as perguntas seguintes. Quando dito, por exemplo, que o mundo foi criado pelos Deuses, estes Proto-filósofos perceberam que esta resposta não atingia a raiz da questão. Eles continuaram em perguntar por qual motivo os Deuses fizeram o mundo, como o fizeram, e - mais vexatoriamente para aqueles tentando responder suas perguntas - quem fez os Deuses.


Seja como tenha sido ou onde ele começou, o pensamento filosófico deu um gigante passo a frente no Século VI. Encontramos Pitágoras (570 - 500 ac) filosofando na Itália; Thales (636-546 ac), Anaximandro (641-547 ac), e Heráclito (535-475 ac) na Grécia; Confúcio (551-479 ac) na China; e Buda (563-483 ac) na Índia. Não é claro se estes indivíduos descobriram a filosofia independentemente uns dos outros; nem é claro em qual direção a influência filosófica fluiu, se ela sequer fluiu.

sexta-feira, 23 de março de 2018

A SÍNDROME DE GTA

NEM SEMPRE SER RICO E TER TUDO É O SUFICIENTE


EU QUERO MAIS, CARAIO!
Quem nunca jogou Grand Theft Auto, ou GTA, como é amplamente mais conhecido? Uma das maiores, mais lucrativas e divertidas franquias de games e todo o blá, blá, blá, sem menosprezo que você já ouviu falar, não é mesmo?

Eu mesmo já passei horas e horas a fio dirigindo carros, ouvindo musicas nas rádios, fazendo missões, procurando segredos, dando rasantes de avião, invadindo o aeroporto de carro ou simplesmente arranjando treta com a polícia e os transeuntes e fugindo deles em perseguições dignas de filmes dos anos 80/90 que invariavelmente acabavam com um duplo twist carpado de carro ou um fuzilamento no meio da rua...

Você também já fez isso! Admita! (Sem falar nos rolês de carro procurando as profissionais do sexo e as visitas às boates.)

Inclusive, devo confessar, que é a única situação em que, para mim, ser um bandido porra louca é justificável... Bom, nem sempre é assim, e muitos personagens tem suas motivações pra fazerem o que fazem, mas todo bom bandidinho da vida real também diz ter as suas motivações, então faço aqui minha Mea Culpa, mesmo sendo tudo apenas um jogo onde ninguém se fere de verdade. 

Mas este não é o ponto...

quinta-feira, 22 de março de 2018

CARTA AOS BETAS

O TOLO APRENDE ERRANDO, JÁ O SÁBIO COM O ERRO DOS OUTROS.

MAS E O BETA, SERÁ CAPAZ DE APRENDER?


OI, VAMOS JOGAR MAGIC!? LÁ EM CASA TEM SUCO MUPY!!!

O mundo vive um momento em que os mais diversos tipos de minorias, algumas nem tão menores assim, como costumo dizer, vêm se vitimizando o máximo que podem em busca de benefícios e visibilidade na sociedade. Assim como também muita gente metida a engajada que só quer um motivo pra dormir bem a noite se achando o ultimo bastião da justiça social tem aparecido para defender essas minorias, as vezes até contra a vontade delas, como os ditos feministos que são esculachados e escorraçados pelas próprias feministas em muitas ocasiões. 

Mas em meio a este turbilhão de gente tendo convulsões histéricas existe um grupo, bem grande aliás, de seres que não são representados, não procuram se representar e nem encontram alguém que queira levantar esta bandeira. Sim, eu estou falando de você, Jovem Homem Beta de óculos e jeitinho introvertido mongão.

Sobre este assunto falo com bastante propriedade, afinal por também pertencer a esta casta já passei e passo por todas as fazes e problemas que um beta pode passar, desde a adolescência onde os problemas em ser um betoso se iniciam até a vida adulta, onde com certas precauções estes problemas podem ser atenuados. A ideia de escrever este texto me veio este final de semana, quando levei a Imperatriz pra passear e observei um grupo de betinhas otakus (uma das subespécie que mais sofrem dentre algumas que discutiremos aqui) lanchando numa pastelaria enquanto tomavam seus sucos de soja (Mupy) e riam de maneira desengonçada despreocupadamente, falando sobre seus games e esquisitices, sendo que mais da metade deles vestidos com camisetas pretas com estampas de animes do submundo otaku, que de longe já demonstram seus futuros fracassos sociais e pessoais na vida. Faltou só alguém com bandana ninja da Aldeia da Folha na cabeça. 

sexta-feira, 16 de março de 2018

ESTOICISMO: INTRODUÇÃO

UM PLANO PARA A VIDA



O PENSADOR

O que você espera da vida? Você pode responder esta questão dizendo que quer uma esposa cuidadosa, um bom emprego e uma boa casa, mas estas são na realidade apenas algumas das coisas que você espera na vida. Ao perguntar o que você espera da vida, estou fazendo a pergunta em seu sentido mais amplo. Não estou perguntando a respeito dos objetivos que você formula conforme desenvolve suas atividades diárias, mas sobre seu grande objetivo de vida. Em outras palavras, das coisas da vida que você pode procurar alcançar, qual delas você acredita ser a mais valiosa?

Muitas pessoas podem ter problemas em dar nome a este objetivo. Elas sabem o que querem minuto a minuto ou até década a década durante suas vidas, mas nunca deram uma pausa para considerar seus maiores objetivos da vida. É provavelmente compreensível que nunca tenham feito isto. Nossa cultura não encoraja as pessoas a pensarem a respeito de tais coisas; de fato, ela os entrega um fluxo sem fim de distrações para que elas nunca precisem disto. Mas um Grande Objetivo de vida é o primeiro componente de uma Filosofia de Vida.

Isto significa que se você não tem um Grande Objetivo de Vida, você não tem uma Filosofia de Vida coerente.